Singelo trabalho para auxiliar os pais a tratarem suas crianças com os recursos da homeopatia, de modo fácil, natural e seguro.

A referência é o Dr. med. Helmuth Lehmann, autor do Livro 


Este livro é especialmente dedicado a todos os que tenham interesse em saber como podem recorrer à Homeopatia. Pretendeu o autor chegar a todos os interessados nesta arte de curar, desde estudantes, profissionais experientes, pais ou cuidadores de crianças e jovens para que possam consultar e usar a Homeopatia com eficácia e com toda a segurança. Numa linguagem acessível, sem expressões complicadas e/ou demasiado científicas o autor resume mais de 30 anos da sua extraordinária experiência clínica, dando a conhecer como se devem utilizar os medicamentos homeopáticos nas doenças mais comuns sobretudo em crianças e jovens adolescentes. As indicações terapêuticas recomendadas podem ser aplicadas independentemente da faixa etária desde que os sinais e sintomas apresentados correspondam aos descritos nos medicamentos sugeridos pelo autor.

Helmutt Lehmann – Pequeno Milagres

Fonte: Bruno Filipe Pires, Edição 604 ( 3 Dez 2009),Jornal do Algarve

É um dos tesouros mais bem guardados do Algarve. Helmuth Lehmann, 70 anos, médico alemão de clínica geral e especialista em medicina homeopática para crianças atrai autênticas romarias à sua casa em São Brás de Alportel. A sua reputação há muito que saiu do Algarve e há quem viaje de Lisboa de propósito só para o ver. Numa altura em que se prepara para fechar a sua clínica – autêntica capela dos milagres para muitos pais algarvios – quisemos conhecer melhor o casal Helmuth e Walburga Lehmann. Quem irá continuar o seu trabalho? Que pensam sobre a gripe A? Podemos confiar nos médicos portugueses?

Crianças saudáveis, naturalmente…

Logo pela manhã cedo, o telefone começa a tocar. Entre as 8h00 e as 9h00, de segunda a sexta-feira, o doutor Helmuth Lehmann recebe em média 35 telefonemas diários.

À tarde, entre as 17h00 e as 19h00 observa uma média de 30 crianças. São já mais de 2000 no arquivo. E apesar do aviso que colocou à porta a dizer que não é possível aceitar mais crianças, há sempre caras novas.

Ironicamente, o casal veio para o Algarve em busca de paz e sossego. Helmuth, então com 55 anos, e a sua inseparável Walburga chegaram cansados e cheios de projetos. Queriam tranquilidade para estudar, aprofundar conhecimentos e escrever livros.

A homeopatia “é um grande estudo. Maior que a medicina tradicional. Existem mais de 3 mil remédios. Por exemplo, a pulsatilla tem mais de 2000 indicações”, revela Walburga, 61 anos.

Em 1995, compraram uma casa nos arredores campestres e solarengos de São Brás de Alportel (São Romão). Não queriam ouvir falar em mais trabalho.

Na Alemanha, Lehmann trabalhava com outros médicos. Até que decidiu abrir uma pequena clínica em Immerath – uma pequena vila mineira de 800 habitantes, entre Colónia e Düsseldorf. Com a sua abordagem homeopática e a sua dedicação às crianças, rapidamente ganhou fama. Diariamente, pelas 07h00 já haviam filas enormes à porta. Davam uma média de 120 consultas por dia. O casal Lehmann aguentou este ritmo de trabalho durante vários anos até virem para Portugal.

Entretanto, aceitaram um convite para organizar alguns cursos de homeopatia para mães alemãs residentes no Algarve. O sucesso foi tal, que não tardou muito a vencer barreiras linguísticas e a chegar aos ouvidos das mães portuguesas.

Em pouco tempo, pais aflitos começaram de novo a bater à sua porta. Perante tanta procura, o médico não teve alternativa senão legalizar-se junto da Ordem dos Médicos. “Demorou imenso tempo, faltava sempre um papel”, lembra. O processo começou em 2003 e só em 2005 é que recebeu a licença.

Hoje, Walburga acredita que os pais algarvios procuram o marido porque “alguém lhes disse que em São Brás há um médico que pode ajudar”, e não apenas pelo facto de exercer a homeopatia.

Muitos vêm desesperados. Outros, apenas experimentar. Porquê? Lehmann não comenta o profissionalismo dos médicos portugueses, mas diariamente lida com exemplos de más práticas e de uma conduta duvidosa.

Recentemente, “uma mãe trouxe-me um menino com um grande nódulo linfático no pescoço. À noite, um médico esteve em casa dele e disse que era papeira”, conta. Mas apenas a julgar pela posição anatómica do problema, o diagnóstico não tinha hipótese de estar correto.

“Tenho crianças que tossem desde os dois meses de idade. Já tomaram tudo o que é xaropes e continuam a tossir. Isso é típico aqui. Muitos médicos apenas passam uma receita”, diz.

“Os pais perguntam-me se têm que despir as crianças. Eu respondo – quando um médico quiser auscultar por cima da roupa, você fuja!”, diz Helmuth Lehmann, porque não é possível ouvir nada com clareza deslizando o estetoscópio em cima da roupa.

Negligência? Desinteresse? “Penso que tem de ser tudo feito rápido, porque não há médicos suficientes aqui”, explica Walburga.

Questionado sobre o uso de antibióticos, o médico alemão joga as mãos à cabeça – “É horrível, horrível! Vi uma criança que sofre sempre amigdalite com pus. Já tomou 50 vezes antibióticos! E só tem 7 anos!”

Helmuth Lehmann também fica muitas vezes chocado com a escolha de certos medicamentos receitados às crianças. “Por exemplo, gotas para os olhos que têm antibiótico e cortisona. Receitam-se aqui substâncias que estão proibidas há mais de 20 anos na Alemanha. Prescrevem-se supositórios que são usados para adultos com reumático!”, lamenta.

“Há um alergologista que põe realmente as crianças doentes. Faz 30 testes e no final dá-lhes 5 grandes remédios diferentes por dia. Eu tiro tudo e nada acontece. E todas as crianças têm o mesmo diagnóstico – asma”, denuncia.

Contudo, não é só a medicina tradicional que está doente. Lehmann também alerta para o charlatanismo nas práticas alternativas. “Recebi uma criança de Lisboa onde esteve a ser acompanhada por homeopata. Trouxe um saco enorme cheio de remédios”, mas os pais não sabiam dizer para que eram…

Somando isto, chegámos ao motivo pelo qual o casal apenas trabalha com gente pequena. “Temos pena das crianças. Os adultos podem dizer – tu és maluco, nunca mais cá volto! Mas as crianças não podem. E pelo menos aqui podem receber um tratamento mais leve”, diz Walburga.

“Muitas crianças dizem que só querem o médico dos cabelos brancos”, diz. Os desenhos e fotografias com dedicatórias que tem espalhados pela clínica comprovam-no.

Em Portugal, a homeopatia não está tão desenvolvida como na Alemanha. “Normalmente, as mães são mais abertas” a esta abordagem. “Os pais mostram-se sempre críticos”, diz Helmuth.

Por outro lado, “quando fazemos perguntas sobre a rotina das crianças, os pais nunca sabem nada. Quando vêm sozinhos com os filhos, muitos telefonam às mães”, acrescenta o médico alemão.

Isto é importante porque o diálogo é a base da homeopatia. É o meio mais eficaz para o diagnóstico. As respostas a questões simples como “a criança tosse ao deitar? Tosse a dormir ou acorda? Tosse húmida ou seca? Quantas vezes seguidas durante o dia?” são fundamentais para encontrar o remédio certo.

Curiosamente, também o próprio Helmuth era descrente. Quem primeiro começou os estudos foi Walburga, apesar do ceticismo e até alguma animosidade do marido.

Só depois de ter tido um problema num pé devido ao ácido úrico, que foi tratado pela mulher, é que Helmuth decidiu matricular-se na Escola para Naturopatas de Duisburg, em 1987. Aí também encontrou alguma resistência por parte do mestre Georg Pflüger, que “não queria ensinar médicos”…

Nas últimas semanas, Lehmann tem visto cada vez mais novos casos de Gripe A. Não está preocupado. “Há três remédios epidémicos para esta gripe – eupatorium, gelsinium e bryonia. Não é preciso mais nada.”

Questionado em relação à vacina da gripe, diz “não gosto”. Na composição há “ingredientes que ainda não foram experimentados. Ninguém sabe o que acontece”. Também o plano geral de vacinação suscita dúvidas. “A vacina da rubéola é dada aos meninos. Bem, isso é totalmente maluco, pois nunca terá uma gravidez”. O médico conhece casos infelizes de complicações da vacina da poliomielite, que “tem grandes riscos”. Apenas a do tétano merece uma opinião favorável. “Eu gosto quando as crianças têm varicela. Todas as doenças infantis activam o sistema imunitário”, considera.

Resta dizer que a homeopatia tem ainda vantagens sobre a medicina tradicional porque trata as emoções. Por exemplo, traumas, autismo, hiperatividade, encontram uma resposta natural e não um fardo de antidepressivos e calmantes químicos. Casos simples, como o medo de ir para a escola, o medo do escuro, ou a separação temporária dos pais, também.

Numa época de crise, é importante dizer que os remédios homeopáticos são muito mais baratos que qualquer farmácia cheia de promoções. Diluídos em água e tomados várias vezes ao dia, são uma terapia fácil e acessível.

A má notícia é que no dia 23 de Dezembro, o casal Lehmann vai encerrar a clínica.

Para já, estão a treinar a Dr.ª Alexandra, uma médica oftalmologista russa, professora na Universidade de Moscovo e fluente em alemão, que poderá vir a continuar este trabalho. “O que é importante, é que abrimos aqui uma grande porta”, conclui Walburga.

Os fundamentos da homeopatia:
A homeopatia é uma terapia específica de estímulo com remédios de origem vegetal, animal, metálica ou mineral, cujo objetivo é estimular as forças curativas do próprio indivíduo. Represente assim uma terapia individual e especialmente desenvolvida em função do paciente. Uma substância que provoca determinados sintomas da doença em pessoa sã pode ser utilizado no tratamento de um doente que apresente os mesmos sintomas ou sintomas idênticos. O fundador da Homeopatia,
Samuel Hahnemann (1755) – 1843), testou com os seus 11 filhos inúmeras substâncias. Após a toma diária das substâncias de forma fortemente diluída, surgiam os sintomas do remédio respectivo, aparecendo então uma doença artificial nas pessoas que testavam o remédio.
Hahnemann colecionou e descobriu esta forma os sintomas específicos e os sintomas de doenças dos diferentes remédios, conseguindo assim um quadro quase completo dos diferentes remédios, seus respectivos sintomas e modalidades. Pretendia-se assim encontrar um remédio que apresentasse exato os mesmos sintomas do paciente. Desta forma surgiu uma matéria médica completa, isto é um descrição exata dos remédios. Hahnemann trabalho originalmente com fortes diluições dos seus remédios o que provocava reações violentas na pessoa que testava o remédio, no entanto, ele descobriu mais tarde que através da potencialização se se conseguia alcançar um efeito muito mais significativo. Durante este processo descobriu que não é a matéria contida no remédio, mas sim a força dinâmica da substância, reforçada através da potencialização, que é responsável pela cura. Nalguns remédios, como por exemplo Licópodio, Pulsatilla, Sépia, Enxofre, etc., nas pessoas que testavam esses remédios não apareciam apenas os sintomas da doença e suas modalidades, como também surgimento sintoma que expressavam estados de espírito e de temperamento, e assim características individuais da personalidade dos pacientes. Estes remédios representam praticamente a personalidade do paciente e designam-se por remédios de constituição.
Modo de utilizar os remédios homeopáticos:
Como devo tomar os remédios?
Coloco 2 glóbulos do remédio numa garrafa de plástico pequena (33,3 ml) ou num copo grande com água e agitar a garrafa ou ao mexer com uma colheras vezes dissolvo o remédio. A seguir toma-se de hora a hora, antes deve-se agitar três vezes a garrafa ou no caso do copo mexer bem com uma colher de plástico. A seguir bebe-se a quantidade da tampa da garrafa ou de meia colher de plástico. Quando é necessário tomar dois remédios, deve-se preparar duas garrafas diferentes e deve-se dar alternadamente de hora a hora os remédios. Nunca colocar dois remédios diferentes na mesma garrafa e nunca tomar dois remédios ao mesmo tempo! Uma garrafa só deve ser utilizada para o mesmo remédio, nunca colocar um outro remédio uma garrafa já utilizado com um outro remédio, uma vez que a lembrança do remédio permanece na garrafa.
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Quando é dado um remédio para a noite, é suficiente colocar 1 glóbulo debaixo da línguaao deitar. Quando surge uma doença aguda, como febre, diarreia, vómitos, por exemplo. Colocar logotipo 1 glóbulo do remédio respectivo debaixo da língua e se as queixas continuarem dissolvedor 2 glóbulos do remédio em água e continuar a dar de hora a hora. Assim que surgirem melhoras significativas deve-se deixar de dar o remédio. Existem substâncias que podem ser funcionais como antídotos dos remédios homeopáticos, isto significa que o seu efeito é anulado por substâncias de aromas fortes, como porexemplo o eucalipto, a camomila e o hortelã-pimenta mas também por produtos como o bálsamo Vicks Vaporub, o café ou uma Coca-Cola. Nunca colocar ou guardar os remédios homeopáticos perto de aparelhos eléctricos como telemóveis, televisores, micro-ondas, rádios, etc. Também não guarda o remédio na mesma mala onde tem o telemóvel. O remédio em si está fundamentalmente acima da potência, isso significa que se tiver uma potência diferente da mencionada neste documento, pode utilizá-la. Normalmente, em lactentes e crianças pequenas como melhores potências são C30 e C200.Ter em atenção que alguns remédios apenas devem ser dados na potência C200 ou superior. Esses remédios são: Nux vomica, Rhus toxicodendron, Symphytum, Hypericum
(Neste caso também é possível dar C6 em tomas diárias).